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Reflexões à vista de um boleto

  • Foto do escritor: Maria Eduarda Mesquita
    Maria Eduarda Mesquita
  • 12 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura


Começamos 2023, janeiro chegou, e com ele o "Boleto do CRM", nossa contribuição anual - e obrigatória - ao Conselho de Medicina. E já que estou aqui, pagando o boleto e refletindo sobre o que o Conselho fará com meu dinheiro, deixo aqui expressos alguns desejos.


Eu espero o mínimo: um Conselho que respeite e defenda a ciência. Que advogue pela medicina baseada em evidências, que seja dedicado a saúde pública e valorize vacinas e tudo que de fato possa contribuir para a saúde da população.


Eu espero que todos entendam que os CRMs não são órgãos para proteger o mercado da nossa categoria. Os conselhos são autarquias federais, que nos ajudam a defender a população, advogando e aconselhando para garantir a adequada assistência ao povo, com a qualidade devida e a ética necessária. Os CRMs são órgãos feitos por médicos, mas voltados para a saúde de todos. E saúde envolve boas condições de trabalho e estrutura adequada para que possamos servir da melhor forma aos que precisam do nosso cuidado.


Eu espero que uma categoria que entende o valor das evidências valorize também a ciência da educação, entendendo a importância e benefício do envolvimento estudantil significativo. Então me alegrarei sempre que ver a voz de um estudante sendo ouvida dentro do Conselho, reconhecendo que todos temos a ganhar, e, principalmente, aprender com isso.


Eu desejo comissões ativas, se posicionando, cobrando das entidades e autoridades, sendo educadoras e advogando por politicas públicas que garantam o bem estar da população. E desejo, assim como falei sobre os estudantes, ver os jovens médicos verdadeiramente engajados nisso.


E como os médicos são apenas uma das partes necessárias para construir a assistência a saúde, eu desejo um trabalho próximo aos outros conselhos, dialogando sempre com outras profissões (da saúde e fora dela!).


Não sei se posso chamar isso de crônica, meu querido leitor desconhecido, mas acho que você já se acostumou a ler meus pensamentos algo desconexos, porém sempre com minha alma a transparecer e algum toque de beleza. Faço então dessa crônica uma porta aberta, um convite para uma conversa com sabor de café na copa do serviço. E aguardo suas respostas, suas inquietações e desejos. Porque uma entidade pública se constrói coletivamente.

 
 
 

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